domingo, 26 de dezembro de 2010

Morre Homem, Nasce Poeta


Verso único morte, Único Verso forte,
Verso perverso se faz Querubim
Me deixa disperso, destrói minha sorte
Dizendo que é anjo me dá passaporte
Passagem de ida ao grande universo
Me dá duas asas, faz-me pássaro forte
Me ensina a voar, mas não a pousar
Querubim nada, ele é anjo da morte
Forte nada, me escraviza e me destorce
Quis provar do mar desse verso,
Fruta proibida desde o começo,
Achei que provar do mar e conhecê-lo era progresso
Progresso nada, esse mar me puxou, me deixou submerso
Oh! Anjo maldito me deixa voltar
Quero olhar a Lua e não poetizar
Pois naquele único verso, caminho sem fim
Achei universo perdido em mim
Um verso possesso que se fez Querubim
Me ensinou a Ver como Poetas vêem
Me ensinou a Pensar como Poetas pensam
Me ensinou Chorar como Poetas choram
Mas não me deu o sorriso, Porque os Poetas não o têm
Olho o Mar e vejo um amigo
Como não ser um Poeta agora?

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