sábado, 26 de outubro de 2013

O conto do Pai e a cova do filho


 
 

Soube de um que nasceu de um INCESTO, Um bastardo ferido lançado no CESTO
No cesto de LIXO, e ISTO me deu um MISTO de pena e dor pelo MALVISTO
Decidi Escrever esse EMENDO com olhos ARDENDO e peito DOENDO
Dessa  pobre VIDA, VIVIDA PERDIDA vezes só IDA
E sempre INVADIDA se causa SOFRIDA Com "adeus" na PARTIDA
Sem os SEUS
Se matou num ADEUS
  Se entregou a DEUS.
 
O Pai FINGIA que não DOÍA mas cada DIA encontra-lo QUERIA
Partido FICOU quando alguém o CONTOU, e EXCLAMOU:
-O meu bastardo enterro EU, cuido do que é MEU
Meu filho meu ERRO, eu faço a cova e dirijo o ENTERRO.
Com pá dois metros CAVOU, exaurido CHOROU,
 a manhã CHEGOU, o galo CANTOU, o porquê PERGUNTOU?
 
-O Meu filho Deus ABRAÇOU! o LEVOU! 
por quê? PERGUNTOU
Do alto ESCUTOU
Um forte voz que BRADOU:

-A vida na brisa é vivida e o amor é ferida na dor,
Tudo é flor sem vida, tem perfume e beleza mas logo dá seca despedida.
A cova que agora é dormida, na verdade se foi escolhida,
Pelo o que nela entrou em vida
Sofrendo, Morrendo,
Sem sobrenome, Nada Sendo só um nome 
Desgostoso, do alto pulou, pelo pai que nunca abraçou.
A voz que do alto SOOU como um bicho que foge CESSOU.

Ao SABER de tanto SOFRER de seu filho ao VIVER
O pai depois que CAVOU em tudo PENSOU e PENSOU
e depois que ENTERROU o filho que sempre NEGOU.
dizem que ele ENDOIDOU.