segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Não Sozinho

Tardia a tarde nublada me chama pra meditar com as árvores
e a lua vem chegando tão clara como um segundo sol
me mostrando na sua luz gris o que outrora se escondia
nas minhas estranhas memórias de futuro.
Nas entranhas, a glória de um eu atrás de um muro
derrubando sem estrondo o suicidio hediondo
agora resta o que me comove e é isso mesmo que me move
e na lápide do antigo vivo está escrito novo
e uma flora amarela em cada canto
me lembra do espanto que é te esquecer a tarde terminou e a noite acordou o barco que do porto viajando aparentemente naufragou para o espanto de todos de atlântida retornou.  Mas não sozinho.